A extensão do Lago Formoso, que situa- se a 300 km de São Luís. O resultado foi no mínimo inusitado: sequer a ajuda do então prefeito da época, conhecedor da ilha e da região, João Mendes, conseguiu identificá-la. Foi tentado também fotos de satélite sem qualquer sucesso. A razão do sumiço surpreendente da ilha foi explicada de maneira vaga: de vez em quando ela atraca em terra firme, exatamente como qualquer embarcação, podendo passar meses à margem do lago.
Lendas – A mobilidade da ilha estimula a imaginação das comunidades do Formoso, com lendas e casos fantásticos, difundidos em toda a região. Os moradores mais antigos dizem ter visto monstro e ouvido sons de tambores ao longe. Pessoas “invisíveis” que andavam por cima d’água do lago, e uma luz que perseguia pescadores em suas embarcações e canoas que desapa- reciam. Há casos também de caçadores devorados por um animal nunca visto, além da aparição de cavaleiros vestidos de branco a cruzar o lago, antes de entrar na ilha.
Dos que tentaram desafiar o mistério do deslocamento, dizem as estórias, ficaram loucos. Foi contado também que, com a libertação dos escravos, negros entraram na floresta e chegaram até a região do lago. Ali, ao mesmo tempo em que tocavam os tambores no porto, ouviram sons semelhantes aos que produziam, vindos da ilha encantada. Imaginaram que eram ecos, mas se assustaram ao perceber que mesmo parados continuavam sons. Foram até lá e não encontraram ninguém, começando o desenrolar das estórias de fantasmas.
“Lembranças”
Urrou, urrou, meu novilho brasileiro, que a natureza criou (Coxinho).É tempo de Guarnicê. Durante o São João, a saudade aperta o peito. Lembranças de quem