“Penalva minha terra querida, solo amigo que exalta tradição (…) lendária,
memória, monumento natural do Maranhão (…)” Nesta parte do hino oficial
deste município, autoria de José Arnold Pinto e música de Carlos Salomão
Chaib, presenciamos a paixão que sentimos todos os que te conhecem, ou
Penalva querida. É impossível não te amar! Pois tu ofereces tanto bem, a
começar pela natureza tão próspera. O Criador, em sua generosidade, te fez
bela, te fez rica em água e em solo fértil. A sua hidrografia é invejável!
Composta pelas bacias do rio e lago Cajari e também pelas dos lagos Lontra e Formoso. Em tua vegetação presenciam-se as árvores oleaginosas, as madeiras-de-lei e as leitosas, das quais a tua gente tem tirado também o seu sustento.
Diante das riquezas naturais não poderia esquecer de mencionar a tua cultura, como o bumba-meu-boi, o tambor de crioula, o Baile da São Gonçalo, a Festa do Divino e o tambor de mina. Mas a tua riqueza vai além fronteira. São os teus filhos ilustres que desde cedo foram marcantes como Celso da Cunha Magalhães, líder intelectual de sua juventude, músico, romancista e ensaísta. Bento Mendes, comerciante e escritor; Djalma Marques, médico, político e jornalista; Mundoca Cunha, mulher sábia, referência de vida, minha avó; dentre outros.
Da geração contemporânea destacam-se: Gilmar Pereira Santos, advogado e escritor: Aldo Leite, teatrólogo; Josias Sobrinho, cantor e compositor: dentre tantos filhos ilustres. Em outras áreas os teus filhos também têm enaltecido o teu nome, ó terra querida. Até o seu nome significa grandeza, ó minha amada! “(…) diz-se que o nome d’esta villa provém de um antiquíssimo castelo, fundado sobre uma penha, iminente ao rio E (hoje) Dão, em Portugal. Nome este dado quando da passagem do coronel de infantaria Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, de Penalva de Castelo, em Portugal, pelas terras da baixada maranhense.
As tuas riquezas estão presentes também em teus símbolos oficiais. Na Bandeira, criada por Wagner Farias da Silva, Raimundo de Abreu Viana e pelo saudoso Carlos Alberto de Sá Barros, com colaboração de Conceição de Maria Costa Campos, percebem-se os elementos figurativos das palmeiras de babaçu, os ramos de plantação de arroz, os peixes, representando as tuas riquezas naturais. As penas brancas em louvor aos índios Gamelas, primitivos habitantes. As três torres simbolizam a origem do nome da cidade e, por fim, a figura geométrica, o retângulo, que representa a sua dimensão territorial.
Atualmente tu és conhecida como Capital dos Lagos Maranhenses. O Maranhão e o mundo precisam apreciar as tuas belezas naturais. Eles devem conhecer a tua ilha flutuante, situada no Lago Formoso. E tu deves, ó Penalva, ser referencial turístico da Baixada Maranhense.
É esta tua grandiosidade que te fez ser emancipada em 10 de agosto de 1915, por exigência do desenvolvimento econômico que alcançarás.
E nestes teus 92 anos de emancipação, o que comemorar contigo? Tens crescido? Tem se desenvolvido? Os teus filhos, o que têm a congratularam- se contigo? Alguns deles se distanciaram de ti… Outros, escolheram não te
deixar. E quanto a estes, ó Penalva, o que têm recebido dos que te
administram?
Ah! Minha terra natal, o que desejar-te? Desejo a ti sorte com os seus administradores, desejo que os seus gestores tenham amor e compromisso contigo, pois tanto tu, minha paixão, quanto os seus habitantes merecem cuidado, zelo e prosperidade. Permita Deus que nesta tua nova idade os seus moradores sejam agraciados com o melhor da educação, saúde, saneamento, paisagismo e uma eficiente política social para a tua gente. Desejo a ti, ó minha terra querida, dias melhores!